Marcos Juliano

MARCOS JULIANO TRIATLETA




sábado, 14 de agosto de 2010

Live More

A competição do sábado dia 07/08 não foi a das mais fácies. Fiz um treinamento planejando diminuir o meu tempo no XTerra Brasil. Consegui, mas esperava baixar mais, pois venho aprimorando os meus treinos para este tipo de competição. Intensifiquei mais os treinamentos em trilhas de bike e de corrida e estava preparado para fazer uma excelente prova, mas o XTerra ainda continua sendo um mistério para mim. Desde comecei a competir as provas do XTerra (o primeiro em 2006, de lá pra cá já competi uns 5) ainda não consegui alcançar um objetivo a altura do atleta que sou comparado com provas no estilo short, olímpico e meio Ironman. E é este mistério que me impulsiona cada vez mais competir este tipo de prova.

Início de prova.

Na prova deste ano me posicionei no pórtico um pouco mais atrás de costume. Parecia que já estava prevendo o principal erro que teria na prova. Desta vez a roupa de borracha foi liberada, o que facilita para nadadores menos experientes e acaba prejudicando quem vê o triathlon como 3 modalidades, dando ênfase nos treinos de natação também. Pois bem, cometi o vacilo de competir de roupa. A partir do momento que você treina com ela na semana da competição, você acaba se sentido bem com ela e desfruta do benefício da mesma na hora da prova. Caso não faça treinos poderá pagar partes dos seus pecados. Com ela a técnica é modificada o atleta tem melhor flutuabilidade, porém, se seu corpo não estiver adaptado (treinado) sentirá fadigado durante a prova. E foi a sensação que tive entorno dos 700 metros de prova.

Retorno da natação

Partindo para transição da bike

Feito a transição para bike, iniciei o pedal e nos primeiros kms já tinha visto que tinha nadado mal. Pois vi atletas que tenho como referência me passando muito cedo do esperado ou até mesmo já na minha frente. A estratégia foi hidratar corretamente com gel e bebida isotônica, pois o pior estava para vir. O circuito de MTB da prova não é dos mais difíceis, mas têm algumas subidas e descidas técnicas por dentro da mata. Neste trecho perdi algumas posições. Que eu leia isto antes de competir outro XTerra e treine ainda mais Singles Tracks (rs).


Pardindo para o pedal. Ainda limpinho (rs).

O circuito do Hotel Portobello é um dos mais lindos. O atleta atravessa várias vezes um rio cheio de pedras, além de tudo um visual de montanhas belíssimo. Infelizmente esta beleza os atletas curtem mais no pós prova através de fotos e vídeos. Durante a competição a concentração é grande e boa parte da paisagem passa despercebida.

Atletas da prova na travessia do rio.

Feita a última transição senti que estava muito bem para encarar os 9kms em trilhas. A primeira metade da prova é uma ilusão você está hiper bem, mas chegado no local denominado pela organização Sumidouro, que é um pequeno açude de água barrenta e com muita lama no fundo começa a dificuldade da corrida. Alguns atletas tiram os seus tênis, não acho uma técnica legal, pois mais a frente literalmente será obrigado a enviar o pé na lama e esta estratégia só faz perde ainda mais tempo. Passado o Sumidouro começa as sessões de subidas. As primeiras só indicam o que ainda de pior você irá encarar. E é lá pelo km 6 tem uma subida que acaba minando a boa vontade de manter o ritmo. Um trecho que só dá para fazer caminhando tamanho é o nível da subida. Muitos atletas sobem com as mãos nas coxas para ver o fim dela o mais rápido. Mas a descida também não é fácil. A regra é simples: tudo que sobe desce em proporções parecidas. Terminada esta sessão mais duas sessões de subidas fortes pela frente para chegar o fim da prova. Consegui manter um ritmo intermediário e estava preste a fazer o um bom tempo na etapa de corrida em XTerra, passando alguns competidores. Terminado a última sessão de subida já na última descida, tive o azar de torcer o tornozelo faltando uns 600 metros para terminar a prova. No momento da torção escutei um estalo como tive-se quebrando algo. Parei por um tempo de correr e alguns competidores me passaram deram forças para continuar. E segui a minha trajetória até o pórtico de chegada. Terminada prova tirei o tênis e o tornozelo estava inchado de uma maneira que nunca pensei que o pé poderia ficar. Na hora veio na cabeça que tinha tido um trauma mais sério, devido a lesão e por ter continuado a correr. A sensação de ter terminado mais um XTerra era também de angústia e dor. Como vou voltar para casa? Vou ficar quanto tempo parado? Será que não vou andar por bom tempo? Car@#%& tenho que trabalhar na segunda (rs).Os socorristas me buscaram e me levaram de maca para parte médica da prova. Fiquei mais tranqüilo quando fui submetido alguns testes e vi que se tratava de uma torção. No final acabei abaixando meu tempo em um dia com muitos transtornos. Mas ainda não estou satisfeito que venham os próximos após a minha recuperação!!!


A poucos metros da chegada.

Natação 28:06 – Bike 1:55:26 – Corrida 58:17
Total 3:21:49
Colocação 61º geral e 9º na categoria 35-39 anos.


Mais uma prova concluída.

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